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Todos nós já passamos por situações em que o suor nos deixou desconfortáveis, seja pelo calor excessivo ou ansiedade. Infelizmente, algumas pessoas vivenciam isso de forma mais intensa e incontrolável. É o que chamamos de hiperidrose.
Como o nome sugere, hiperidrose é uma transpiração anormal e excessiva que envolve extremidades, geralmente relacionada à temperatura do corpo ou à prática de exercícios.
Quem sofre com hiperidrose acaba tendo problemas tão sérios que ultrapassam o desconforto pessoal e atingem até o convívio social. Pequenas coisas como cumprimentar alguém ou fazer um carinho podem provocar uma sensação desagradável de constrangimento.
A jornalista Juliana Matos, 26, conhece bem esse desconforto. “Com 15 anos eu já comecei a perceber que não era tão normal suar nas mãos, axilas e pés. Normalmente era quando eu ficava nervosa com uma prova. Eu fui percebendo que o meu corpo começava a suar”, relata.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a hiperidrose afeta de 2% a 3% da população infantil e adolescente, mas menos de 40% dos pacientes com essa condição consultam um médico.
Existem dois tipos de hiperidrose: a primária focal e a secundária generalizada. A hiperidrose primária focal aparece na infância ou adolescência, geralmente, nas mãos, pés, axilas, cabeça ou rosto. Já a hiperidrose secundária generalizada é causada por uma condição médica ou pelo efeito colateral de uma medicação. Ao contrário da primária, as pessoas com a secundária suam em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns.
Não existe uma causa específica para a hiperidrose. Ela pode acontecer por diferentes causas, como fatores emocionais, hereditários ou doenças. Diferentes regiões do corpo podem ser afetadas: axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, plantas dos pés e virilha.
Nesta publicação, vamos nos ater a duas dessas áreas, as mãos e os pés.
Hiperidrose palmar
A transpiração excessiva nas mãos é a hiperidrose palmar. Sabe aquela pessoa que vive enxugando as mãos na roupa? Ela pode estar sofrendo deste mal.
Felizmente, esta condição não causa mau cheiro, porém atrapalha tarefas comuns do cotidiano, como o simples ato de escrever, teclar, tocar instrumento musical e cumprimentar as pessoas.
Como a hiperidrose é estimulada pela emoção e pelo estresse, ela não ocorre durante o sono ou a sedação.
Hiperidrose plantar
Diferente hiperidrose palmar, a hiperidrose plantar pode sim gerar um mau cheiro. Isso porque ela acontece nos pés. Pé suado mais sapato fechado é igual a chulé.
O uso excessivo de meias e sapatos fechados pode ser um terreno fértil para a proliferação de bactérias e fungos, que são as grandes causadoras do odor. Como se não bastasse, a umidade contínua causada pela hiperidrose plantar também pode acabar causando bolhas, irritação da pele e infecção localizada.
Mas, afinal, como resolver este problema?
Tratamento da Hiperidrose
Primeiro, é necessário identificar o tipo de hiperidrose que será tratada. Cada tipo tem sua especificidade, portanto, é necessário consultar um dermatologista para saber exatamente o que fazer.
No geral, o paciente precisará da indicação de um forte antitranspirante, para iniciar o processo de cessão do desconforto. Em alguns casos, medicamentos como drogas anticolinérgicas ajudam a impedir a estimulação das glândulas sudoríparas. Este é um meio pouco usual de tratar a transtorno, tendo em vista que ele pode ter efeitos colaterais que incluem boca seca, tonturas e problemas com a micção.
O meio mais popular e difundido é com a utilização da toxina botulínica tipo A (botox). Ela pode ser injetada na axila, nas mãos ou nos pés para bloquear temporariamente a sudorese. O principal inconveniente deste tratamento é a dor na aplicação.